Neste 25 de Abril levantei-me cedo, com ganas de viver!
Detesto acordar tarde, os dias e as noites são para se viverem ao máximo, sem perder um segundo na apatia do sono e da "ronha".
Levantei-me cedo e decidi sair à procura da liberdade!
Deixei o namorado a dormir e fiz uma rápida visita a casa dos meus pais. Antes que a conversa com a minha mãe se tornasse demasiado interessante e antes que os meus sobrinhos me enchessem de mimo (como só eles sabem fazer) saí numa retirada estratégica como quem diz "Não! Hoje é o meu dia! Sou livre!".
Comprei uma revista e aterrei na esplanada mais próxima.
O sol, as conversas alheias, as crianças que brincam à minha volta e a brisa ligeira dão-me um conforto e uma paz interior, que me faz pensar que tudo isto é um cenário em que sou uma mera espectadora.
Porém, sinto a tua falta... E "tu" podes ser muita gente!
Sinto falta do namorado que ainda dorme, dos sobrinhos que deixei há meia-hora, da super-mãe que cuida de todos enquanto prepara o almoço, dos amigos que fazem jogging matinal a centenas de quilómetros, daqueles que mesmo num feriado trabalham estoicamente e até das pessoas interessantes que não conheço... Sinto tanto a vossa falta!
Infelizmente, depressa me apercebo que de nada serve o sol na cara ou o cenário fantástico sem ter ninguém com quem partilhar. Descobri que a minha liberdade está guardada nos vossos bolsos.
Penso que, no fundo, nunca gozamos de liberdade plena, enquanto tivermos laços que nos prendem o coração a pequenas rotinas que tornam os nossos dias memoráveis... E ainda bem!