quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Assalto de génio ou será assalto ao génio?

Antes de mais devo começar por lamentar o que aconteceu com José Luís Peixoto em Bissau, onde foi agredido e assaltado. Notícias correm sobre o episódio que marcou a sua visita e que lhe custou... um telemóvel.

Instantaneamente, num daqueles pensamentos que reprimimos, dei comigo a pensar "e se fosse eu a assaltá-lo? O que podia ele ter que me interessasse?" A resposta atingiu-me rapidamente! Num ápice, e sem que pudesse evitar, passei dos pensamentos remotos aos hipotéticos planos de acção.

José Luís Peixoto tem efectivamente algo que me interessa muito. Algo que de forma lícita nunca vou alcançar, pelo menos no tempo de uma só vida. Pretendo avançar tão brevemente quanto possível!

Vejam este cenário: um dia abordo o autor com a minha fraca capacidade de escrita, ele fica de imediato incrédulo e imobilizado. Nisto, e com medo que ele fuja, atiro-lhe com um post. Antes que consiga reunir mais algumas provas do meu "eu literário", sou atingida por um olhar de misericórdia (e quase de desdém) que vem na minha direcção. Consigo recompor-me e riposto com uma ou outra ideia sobre um poema e a resposta vem supetão... Recita "Palavras para a Minha Mãe". De imediato caem por terra todas as minhas aspirações.

No fundo, como posso ter ambicionado roubar a alma, o génio e o talento de José Luís Peixoto?

Decidi deixá-lo continuar a deslumbrar-nos com as palavras que eu gostava de ter escrito e como os pensamentos que tantas vezes partilhámos, mesmo sem ele saber.

Sem comentários: