sábado, 28 de dezembro de 2013
Mensagem para o futuro
Olá!
Sei que só tens 10 semanas e ainda vai demorar até nos conhecermos, mas ainda assim quero dar-te já as boas-vindas a este planeta e ao meu coração.
Imagino-te já a correr à nossa volta com os cabelos cheios caracóis, que dançam a cada passo que dás. Tens o sorriso e os olhos da tua mãe, o feitio do teu pai e a energia do teu irmão. Conquistas-nos pela tua simpatia e espontaneidade. Nada te mete medo e, quando te contrariam, sorris e esperas que deixem de olhar para ti, para voltares a tentar.
Neste momento deves ter o tamanho de um feijão, mas já gostamos de ti sem limites ou reservas. Já nos pertences, já nos apoderámos de ti e já entraste na nossa vida, sem sequer saberes quem somos.
Todos temos esperanças e planos para ti, mas para já só pensamos no momento em que te vamos ver pela primeira vez. Estou desejosa de te dizer como gosto de ti, de te explicar como tens sorte de teres nascido do amor do teu pai e da tua mãe, de te falar como o teu irmão consegue ser um traquina com bom coração.
Posso estar longe, mas vou estar sempre contigo!
sábado, 21 de dezembro de 2013
O R trouxe o Natal!
O Natal chegou no dia em que o R veio à nossa casa ajudar-nos a montar a árvore.
Sempre achei que tinha a árvore mais bonita do mundo, apesar de ele achar que ficava melhor com luzes, enfeites e fitas de todas as cores. Eu optei por ter uma árvore daquelas que se vê nas revistas de decoração em que tudo condiz na perfeição.
"Mas só tens luzes brancas?", "As bolas são todas vermelhas?", "Não tens fitas de outras cores?" foram as perguntas que foi fazendo enquanto franzia a testa.
Talvez ele tenha razão... Para o próximo ano vou fazê-la diferente!
Sempre achei que tinha a árvore mais bonita do mundo, apesar de ele achar que ficava melhor com luzes, enfeites e fitas de todas as cores. Eu optei por ter uma árvore daquelas que se vê nas revistas de decoração em que tudo condiz na perfeição.
"Mas só tens luzes brancas?", "As bolas são todas vermelhas?", "Não tens fitas de outras cores?" foram as perguntas que foi fazendo enquanto franzia a testa.
Talvez ele tenha razão... Para o próximo ano vou fazê-la diferente!
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
"Porta dos Fundos" - Bala de Borracha
Parece que era a única pessoa em todo o país que não tinha visto os vídeos de "Porta dos Fundos"...
Conheci este projecto através do programa "Prova Oral" do Fernando Alvim na Antena 3 (a minha companhia diária no regresso a casa) e percebi de imediato que estava a ouvir grandes figuras do humor que se faz do lado de lá do oceano...
Conheci este projecto através do programa "Prova Oral" do Fernando Alvim na Antena 3 (a minha companhia diária no regresso a casa) e percebi de imediato que estava a ouvir grandes figuras do humor que se faz do lado de lá do oceano...
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
"Tonto de Ti" - Azeitonas
Pois é... estes senhores nunca me deixam mal e desta vez voltaram em grande com com o single "Tonto de Ti".
Ouvi as músicas pela primeira vez, há já alguns anos, através de uma amiga-que-conhecia-uma-amiga-que-conhecia-um-outro-alguém que tinha visto um concerto de uns tipos fantásticos do Porto, mas que ninguém sabia quem eram.
Autodenominados "fiéis depositários de um Nacional-Cançonetismo" e com uma linguagem despretensiosa e muito diferente do panorama musical da altura, fizeram com que me apaixonasse por eles e me tornasse numa "azeitola". Não sei se ainda usam esta expressão para tratarem carinhosamente as fãs, mas conquistaram-me desde a simplicidade de "Um Tanto ou Quanto Atarantado".
Depois de ter vibrado nuns quantos concertos e de ter acompanhado todo o sucesso que têm tido, confesso que tenho saudades de quando eram exclusivos do meu rádio, mas enfim...
Ouvi as músicas pela primeira vez, há já alguns anos, através de uma amiga-que-conhecia-uma-amiga-que-conhecia-um-outro-alguém que tinha visto um concerto de uns tipos fantásticos do Porto, mas que ninguém sabia quem eram.
Autodenominados "fiéis depositários de um Nacional-Cançonetismo" e com uma linguagem despretensiosa e muito diferente do panorama musical da altura, fizeram com que me apaixonasse por eles e me tornasse numa "azeitola". Não sei se ainda usam esta expressão para tratarem carinhosamente as fãs, mas conquistaram-me desde a simplicidade de "Um Tanto ou Quanto Atarantado".
Depois de ter vibrado nuns quantos concertos e de ter acompanhado todo o sucesso que têm tido, confesso que tenho saudades de quando eram exclusivos do meu rádio, mas enfim...
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Mia Couto e aquele "outro" português
Tenho saudades do Mia Couto, da escrita doce daquele "outro" português cujas palavras dançam à nossa frente...
Agora estou a "autoflagelar-me" com um clássico da nossa literatura (não vou dizer qual) que me aborrece de morte, mas que não vou largar até à última página. Sofro de uma "crise de fins" e não posso deixar as personagens ali penduradas sem saber como ou porquê.
"Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que a doença: é preciso entrar e sair dela." (Mia Couto)
Agora estou a "autoflagelar-me" com um clássico da nossa literatura (não vou dizer qual) que me aborrece de morte, mas que não vou largar até à última página. Sofro de uma "crise de fins" e não posso deixar as personagens ali penduradas sem saber como ou porquê.
"Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que a doença: é preciso entrar e sair dela." (Mia Couto)
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Sinto a tua falta...
Sento-me à beira-rio e sinto a tua falta. O chill out não me acalma e qualquer coisa me diz que este cenário está incompleto. O sol começa já a reflectir o final do dia na água.
Na tua ausência, gostava que o Cristo-Rei atravessasse o rio só para me abraçar e, ainda assim, nem aqueles braços chegariam para me sentir melhor.
Na mesa sozinha sinto-te a falta, sinto falta de uma mesa repleta de amigos, de família, de ti. Apesar de tudo, gosto de estar sozinha, e como eu gosto de estar sozinha em Lisboa! Uma cidade que me é próxima e ao mesmo tempo desconhecida. Gosto de fintar a hora de ponta por entre lisboetas apressados no metro, gosto de olhar para os monumentos como se fosse sempre a primeira vez, gosto de me sentar nos bancos de pedra a olhar o rio, gosto de tocar a luz do fim do dia.
Amanhã contigo tudo será ainda mais perfeito. Vou pôr o relógio em fast forward...
sábado, 2 de novembro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
CIA, NSA e a espionagem à minha casa
Passados estes anos cheguei à triste conclusão que sou um ser completamente insignificante... pelo menos para os nossos amigos americanos.
Então não é que os Estados Unidos andam/andaram a espiar toda a gente nos últimos tempos e eu não dei por nada! Fartei-me de procurar os gravadores lá em casa e não encontrei nada! Nem um pequenino... Serão as conversas do Papa Francisco mais reveladoras do que as cusquices contadas entre um e outro copo de vinho num jantar cá em casa? Nada?! Nem um relatoriozinho sobre mim?!
Será que lá no fundo guardam os registos do meu telemóvel? É melhor alugarem um armazém baratinho lá para os lados de Washington, pois a minha utilização deste aparelho é extrema: sms, mms, fotos, vídeos e... de vez em quando também faço chamadas!
Será que andam atentos às chamadas do telefone fixo? Mãe, temos de deixar as conversas para quando estivermos juntas!
Será que vistoriam as minhas contas bancárias? Com sorte estão neste momento a fazer um peditório pelos corredores da CIA e da NSA...
Será que sabem de cor os meus registos médicos? Aposto que estão preocupados com as parcas visitas ao dentista...
Será que controlam as minhas navegações Internet fora? Será que se eu escrever neste post as palavras Islão, muçulmanos, torres, tráfico, droga, armas, terrorismo, bombas e "boom!" vão vigiar o que escrevo? Se for o caso, senhores da CIA e NSA, por favor tornem-se seguidores da página só para eu ficar mais feliz e, assim, de certeza não perderão pitada dos meus textos!
sábado, 26 de outubro de 2013
Estou em modo "conflito geracional"
É verdade, estou a sentir um verdadeiro "conflito geracional" e ainda nem tenho filhos.
Começo agora a achar que os nossos filhos, sobrinhos e afilhados devem parecer sempre melhores do que são... até chegarem à adolescência.
Quando são pequenos são os mais lindos, fazem sempre as gracinhas primeiro que todos os outros, são sempre muito desenvolvidos para a idade e têm uma genialidade precoce, que quase nos leva a dizer que fazem os melhores cocós do mundo.
Mais tarde, conseguem ter conversas em que juramos parecerem adultos, o que demonstra, mais uma vez, que são dotados de uma inteligência acima da média.
Mudam a voz, nascem-lhes borbulhas aos magotes e estão dados os primeiros passos para começarem a perder a graça. Sim, acontece a toda a gente... Já não são assim tão bonitos, já só dão problemas na escola, ignoram e rejeitam qualquer sinal de carinho, acham que os estamos sempre a envergonhar, enfim...
O pior, no entanto, é quando as doidas das hormonas os transformam em Don Juan's de palmo e meio. Não passou assim tanto tempo desde que nasceste e eu não sou assim tão velha, mas sinceramente não percebo os relacionamentos de hoje...
Podias por favor não enviar 300 sms por dia? Podias telefonar-lhe e assim poupar tempo? E, quem sabe, olhar para mim enquanto falamos? Podias largar o facebook e simplesmente sair de casa?
A sério? Já passou assim tanto tempo desde que andei contigo ao colo?
Começo agora a achar que os nossos filhos, sobrinhos e afilhados devem parecer sempre melhores do que são... até chegarem à adolescência.
Quando são pequenos são os mais lindos, fazem sempre as gracinhas primeiro que todos os outros, são sempre muito desenvolvidos para a idade e têm uma genialidade precoce, que quase nos leva a dizer que fazem os melhores cocós do mundo.
Mais tarde, conseguem ter conversas em que juramos parecerem adultos, o que demonstra, mais uma vez, que são dotados de uma inteligência acima da média.
Mudam a voz, nascem-lhes borbulhas aos magotes e estão dados os primeiros passos para começarem a perder a graça. Sim, acontece a toda a gente... Já não são assim tão bonitos, já só dão problemas na escola, ignoram e rejeitam qualquer sinal de carinho, acham que os estamos sempre a envergonhar, enfim...
O pior, no entanto, é quando as doidas das hormonas os transformam em Don Juan's de palmo e meio. Não passou assim tanto tempo desde que nasceste e eu não sou assim tão velha, mas sinceramente não percebo os relacionamentos de hoje...
Podias por favor não enviar 300 sms por dia? Podias telefonar-lhe e assim poupar tempo? E, quem sabe, olhar para mim enquanto falamos? Podias largar o facebook e simplesmente sair de casa?
A sério? Já passou assim tanto tempo desde que andei contigo ao colo?
terça-feira, 22 de outubro de 2013
A bússola do "depressa-para-chegar-a-casa"
De manhã fingi que já não me lembrava desta estrada, do deserto de alcatrão pintado esporadicamente de outros carros e da planície verdejante depois das primeiras chuvas.
Tinha saudades dos cheiros, das flores, dos sobreiros, dos touros bravos, das vacas e das ovelhas.
Mas o melhor foi chegar ao fim do dia e lembrar-me como é bom ter meia-hora só para mim, guiada pelo rádio e com a bússola a apontar para "depressa-para-chegar-a-casa"!
Tinha saudades dos cheiros, das flores, dos sobreiros, dos touros bravos, das vacas e das ovelhas.
Mas o melhor foi chegar ao fim do dia e lembrar-me como é bom ter meia-hora só para mim, guiada pelo rádio e com a bússola a apontar para "depressa-para-chegar-a-casa"!
domingo, 20 de outubro de 2013
2º dia de treino
Confesso que hoje me faltou a vontade de fazer exercício físico pela manhã. Não houve aquele "click" que me normalmente me faz saltar da cama. Vou culpar o calor dos meus cobertores, porque no fundo eu até queria ir. Vou culpar o frio em vez da preguiça, numa tentativa de me enganar a mim própria...
Mas fui, e hoje tive companhia. Começámos a uma boa velocidade, mas depressa liguei o meu mp3 como quem diz que "isto não é uma competição, quero apenas respeitar o meu próprio ritmo". Mentira! Tudo para mim é uma competição, mesmo que não o admita.
Esforcei-me mesmo e, por fim, o triunfo! Voltaste para casa enquanto continuei no nosso ginásio ao ar livre. Tinha ganho! No entanto, alguns segundos depois senti a tua falta. Levaste a motivação e o click que me fez sair de casa, agarrados aos teus ténis... Voltei para casa a correr, mas se me perguntares a razão de tamanho empenho vou dizer-te que foi pelo exercício, foi porque me faz bem à saúde...
Mas fui, e hoje tive companhia. Começámos a uma boa velocidade, mas depressa liguei o meu mp3 como quem diz que "isto não é uma competição, quero apenas respeitar o meu próprio ritmo". Mentira! Tudo para mim é uma competição, mesmo que não o admita.
Esforcei-me mesmo e, por fim, o triunfo! Voltaste para casa enquanto continuei no nosso ginásio ao ar livre. Tinha ganho! No entanto, alguns segundos depois senti a tua falta. Levaste a motivação e o click que me fez sair de casa, agarrados aos teus ténis... Voltei para casa a correr, mas se me perguntares a razão de tamanho empenho vou dizer-te que foi pelo exercício, foi porque me faz bem à saúde...
sábado, 19 de outubro de 2013
Como de costume, um dia com muito para dar!
Hoje acordei à hora do costume. Aconcheguei-me para tentar dormir mais, como de costume. Aguentei na cama até ao limite e levantei-me uma hora depois. Ainda de pijama fui cumprimentar o sol, que me respondeu calorosamente.
Vesti a roupa mais desportiva que tenho (muito pouco fashion, por sinal) e saí de casa, não sem antes me munir do meu mp3.
Ali perto, fui dar um beijo rápido aos meus pais e depois enchi-me de coragem (sim, requer coragem!) e fui andar a pé.
É engraçado como o meu bairro parece diferente quando está a acordar. Pelas ruas vêem-se apenas os pais a passear os filhos madrugadores em bicicletas coloridas, com os olhos cheios de cansaço.
Sigo caminho. Mais à frente encontro uma ou outra pessoa a fazer jogging. Sim, são muito mais valentes do que eu! Estão vestidos a rigor, como que a envergonhar a roupa que trago. Só pela roupa nota-se claramente quem são os experientes e quem são os principiantes.
Sigo caminho. O ar tem outro cheiro e as flores têm outras cores. Descubro pormenores que sempre se esconderam de mim nas minhas voltas de carro.
Sigo caminho. Algo me diz que o dia ainda tem muito para dar...
O romantismo morreu!
Sim, o romantismo morreu! Ou então desapareceu, tem de ser isso...
Desapareceu da minha casa sem deixar rasto, deixando para trás apenas as lembranças de outros tempos... Suspeito que tenha sido raptado pela rotina, que já há muito lhe piscava o olho.
O romantismo tem cheiro de flores, de pão quente pela manhã, de cartas de amor escritas com sentimentos à flor da pele e palavras ditas às estrelas. Sei que esta descrição pode não ajudar muito a descobrir o seu paradeiro, mas peço a quem por acaso o vir para o devolver logo que possível.
Desapareceu da minha casa sem deixar rasto, deixando para trás apenas as lembranças de outros tempos... Suspeito que tenha sido raptado pela rotina, que já há muito lhe piscava o olho.
O romantismo tem cheiro de flores, de pão quente pela manhã, de cartas de amor escritas com sentimentos à flor da pele e palavras ditas às estrelas. Sei que esta descrição pode não ajudar muito a descobrir o seu paradeiro, mas peço a quem por acaso o vir para o devolver logo que possível.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Os VIPs e outros que tais...
O primeiro comentário da minha mãe foi "Tens a certeza que podemos entrar?" Foi a pergunta mais ridícula que podia feito. (Desculpa, mãe!)
Afinal o que é ser VIP? Devemos todos lembrar-nos que "VIP" é tão somente "Very Important Person" e quem mais importante que a nossa família e amigos?
Na maior parte dos casos, associamos automaticamente a figuras públicas, normalmente ocas de conteúdo e de presença assídua em revistas "da especialidade".
Há uns meses, enquanto folheávamos um exemplar de uma destas publicações, o meu afilhado mostrou-me como é difícil explicar este conceito a uma criança de 6 anos:
R: "Quem são estas pessoas? Fazem o quê?"
Eu: "São pessoas famosas... Pessoas conhecidas..."
R: "Mas... são TUAS conhecidas?"
Amei a resposta, essencialmente porque não consegui explicar porque raio eram famosas! No universo dos 6 anos, o Cristiano Ronaldo esforça-se para ser um bom jogador e isso torna-o conhecido, mas como explicar por "A+B" que há pessoas que são conhecidas só porque... só porque sim?!
A partir de agora, só permitimos a entrada de VIPs cá em casa... mas dos verdadeiros!
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Há dias assim...
Há dias em que acordo com vontade de engolir o mundo, de levar tudo à frente e sem olhar para trás, como um tornado a passar num bairro de casas com lindas cercas brancas.
Há dias que me apetece dar cabo de ti só com as palavras. Há dias em que cada vez que inspiras e expiras acabas com um pouco mais do meu oxigénio. Há dias em que gostava que fosses feito de uma outra massa, em que gostava que fosses feito de força e energia, em que gostava de me encostar no teu peito e sentir-me segura e protegida. No entanto, no teu peito bate um coração tão grande que cada batida tem um nome, um outro nome, vários nomes, vários perdões dos quais já nem te lembras a origem.
Há dias em que me apetece esmagar cada um desses perdões, cada momento em que te esqueces do que te magoou, com a ligeireza de quem perdoa e esquece.
Há dias em que gostava que tivessem tanto de reivindicativo com tens de generoso.
Tenho medo que o mundo te engula de tão frágil que és. No fundo, sou eu que te dou o meu peito para te sentires seguro e protegido. E eu, onde me poderei eu aninhar?
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Já sei que são coentros!
Estão a rebentar as primeiras folhas realmente com "forma" de coentros! Como "agricultora" novata que sou, só agora pude confirmar: são coentros!! Estou orgulhosa!
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Assalto de génio ou será assalto ao génio?
Antes de mais devo começar por lamentar o que aconteceu com José Luís Peixoto em Bissau, onde foi agredido e assaltado. Notícias correm sobre o episódio que marcou a sua visita e que lhe custou... um telemóvel.
Instantaneamente, num daqueles pensamentos que reprimimos, dei comigo a pensar "e se fosse eu a assaltá-lo? O que podia ele ter que me interessasse?" A resposta atingiu-me rapidamente! Num ápice, e sem que pudesse evitar, passei dos pensamentos remotos aos hipotéticos planos de acção.
José Luís Peixoto tem efectivamente algo que me interessa muito. Algo que de forma lícita nunca vou alcançar, pelo menos no tempo de uma só vida. Pretendo avançar tão brevemente quanto possível!
Vejam este cenário: um dia abordo o autor com a minha fraca capacidade de escrita, ele fica de imediato incrédulo e imobilizado. Nisto, e com medo que ele fuja, atiro-lhe com um post. Antes que consiga reunir mais algumas provas do meu "eu literário", sou atingida por um olhar de misericórdia (e quase de desdém) que vem na minha direcção. Consigo recompor-me e riposto com uma ou outra ideia sobre um poema e a resposta vem supetão... Recita "Palavras para a Minha Mãe". De imediato caem por terra todas as minhas aspirações.
No fundo, como posso ter ambicionado roubar a alma, o génio e o talento de José Luís Peixoto?
Decidi deixá-lo continuar a deslumbrar-nos com as palavras que eu gostava de ter escrito e como os pensamentos que tantas vezes partilhámos, mesmo sem ele saber.
Instantaneamente, num daqueles pensamentos que reprimimos, dei comigo a pensar "e se fosse eu a assaltá-lo? O que podia ele ter que me interessasse?" A resposta atingiu-me rapidamente! Num ápice, e sem que pudesse evitar, passei dos pensamentos remotos aos hipotéticos planos de acção.
José Luís Peixoto tem efectivamente algo que me interessa muito. Algo que de forma lícita nunca vou alcançar, pelo menos no tempo de uma só vida. Pretendo avançar tão brevemente quanto possível!
Vejam este cenário: um dia abordo o autor com a minha fraca capacidade de escrita, ele fica de imediato incrédulo e imobilizado. Nisto, e com medo que ele fuja, atiro-lhe com um post. Antes que consiga reunir mais algumas provas do meu "eu literário", sou atingida por um olhar de misericórdia (e quase de desdém) que vem na minha direcção. Consigo recompor-me e riposto com uma ou outra ideia sobre um poema e a resposta vem supetão... Recita "Palavras para a Minha Mãe". De imediato caem por terra todas as minhas aspirações.
No fundo, como posso ter ambicionado roubar a alma, o génio e o talento de José Luís Peixoto?
Decidi deixá-lo continuar a deslumbrar-nos com as palavras que eu gostava de ter escrito e como os pensamentos que tantas vezes partilhámos, mesmo sem ele saber.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Workaholic - parte I
Não acho que a minha vida pessoal ou social seja fortemente afectada pelo meu comportamento quase compulsivo. Por outro lado, talvez a minha família e amigos já se tenham habituado às minhas rotinas e compreendam que todo o stress acaba por me fazer falta. Agora que escrevi isto, qual é o viciado que admite a profundidade do seu vício? Bem, adiante...
"O trabalho liberta" pode ainda hoje ler-se à entrada do campo de concentração de Auschwitz. Não posso esquecer o portão de ferro fundido que imortalizou estas palavras mas, retirando a expressão deste contexto, não poderia concordar mais. No fundo, é o nosso trabalho que paga a nossa vida, que nos permite sonhar, que nos permite termos mais ou menos luxos.
É o dinheiro que ganho que me põe comida na mesa, que me paga as contas, que me permite viajar (não tantas vezes como gostaria), que me faz ter um carro e uma casa que adoro, que leva os meus filhos ao colégio (quando os houver, claro!), que me paga os jantares com amigos, que me permite oferecer aquela prenda, que, no fundo, me permite viver para além do trabalho.
Podemos achar que nunca somos justamente recompensados pelo nosso trabalho, mas a mim chega-me chegar ao final do dia com o sentimento do missão cumprida.
domingo, 6 de outubro de 2013
No facebook
Agora também no facebook... Querem aparecer também por aqui www.facebook.com/morderalingua? :)
sábado, 5 de outubro de 2013
O meu guarda-fato arrumado!
Há uma qualquer reacção química que faz com que todas as mulheres sintam um desejo enorme de comprar mais e mais peças para preencher o pouco espaço que possa restar. E é sempre pouco...
Organizar toda esta panóplia de cores, tecidos e texturas é um processo pessoal e quase religioso. Requer método, regra e empenho. Sem esquecer que cada peça tem uma história, um qualquer momento cosido em linhas que só nós vemos: o encontro que tivemos com aquele vestido, a camisa que levamos àquela entrevista, o top que tínhamos quando recebemos aquela notícia... Como organizar tudo isto?
Há quem organize por gradação de cores para simplificar a selecção, há quem prepare em sequência as devidas combinações, quem pense na "função" e ocasião para usar... Eu confesso que sou fã do modelo "meter-tudo-no-armário-e-esperar-que-o-meu-discernimento-às-sete-da-manhã-não-me-deixe-ficar-mal"... Sim, acho que isto explica o meu armário!
domingo, 29 de setembro de 2013
Dia de Eleições
Gostava que os portugueses fossem tão participativos e empenhados a votar, como são a comentar os resultados no facebook...
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Oficialmente agricultora!
É oficial. De repente, fiz-me agricultora!
Da terra começam a surgir os primeiros rebentos (acho que alguns só eu consigo ver) e com eles cresce a minha vontade de aumentar a "herdade"...
A olhar para os vasos que constituem a minha parca horta penso que, se pudesse, podia fazer disto vida. Esta é a terra que temos, não há mais, não se fabrica em laboratório. Esta é a herança que nos deixaram e que vamos deixar a quem nos seguir.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
"O Lenço da Carolina" - Cristina Branco
Meu coração é feliz
porque muito lo amas
segue juntinho a ti
não importa a longura onde andas
meu coração é um pardal
que à noitinha se queixa
guarda um enxoval
da saudade tão grande que deixas
Carolina
leva este lenço com cheirinho a alecrim
guarda-lo entre as sedas e as flores secas de alfazema
Carolina não te percas
meu coração é feliz
porque dele tens a chave
fundo como a raiz
é somente pra ti que ele se abre
teu coração é só meu
e é lá dentro que eu moro
guarda-mo que eu guardo o teu
pois se um para olha que o outro morre
Carolina
leva este lenço com cheirinho a alecrim
guardei um mapa no linho
com um xiz sobre o nosso ninho
Carolina não te percas
meu coração é feliz
porque tem a fineza
sabe enganar a tristeza
a costurar com firmeza
meu coração é feliz
para calcar mil safiras
e a cada agulha que enfia
eu sei que te achegas mais aqui
Carolina
leva este lenço com cheirinho a alecrim
guarda-lo entre as sedas e as flores secas de alfazema
Carolina não te percas
leva este lenço com cheirinho a alecrim
guardei um mapa no linho
com um xiz sobre o nosso ninho
Carolina não te percas .. de mim
sexta-feira, 31 de maio de 2013
O melhor dia da minha vida
Como descrever um dos melhores dias da nossa vida? A distância de uns anos vai permitir-me olhar para trás com a serenidade necessária a um claro discernimento. Neste momento, ainda estou inundada de uma alegria contagiante que atinge todos os que me rodeiam.
Foi um dia de emoções à flor da pele, mas até a minha pele se transformou em luz a irradiar os diferentes momentos do dia. Se alguma vez fui feliz foi quando te vi à minha espera, rodeado de família e de amigos. E ali estava eu, com a minha família e os meus amigos. Apeteceu-me correr para os teus braços, mas o protocolo manda contenção. O tempo congelou todos à nossa volta e, com olhares trémulos e gestos nervosos, por momentos seria capaz de jurar que só existimos nós no mundo inteiro.
Demos as mãos e não precisámos falar para saber que estávamos de volta à realidade. Tudo retomou o seu curso natural. O mundo pôde continuar a girar porque estávamos juntos.
Os bons momentos deste dia ficaram presos no nó do teu laço e as recordações aos brilhos do meu vestido, mas os sentimentos estarão para sempre gravados no meu coração.
Rimos, chorámos, divertimo-nos, dançámos como nunca antes e entre brincadeiras e juras de amor eterno, terminou o dia. Pudemos congelar o nosso mundo por breves instantes, mas não pudemos evitar que chegasse ao fim. E, no fim, no final deste e de todos os dias, a nossa única certeza é que estamos e estaremos sempre aqui um para o outro.
Foi um dia de emoções à flor da pele, mas até a minha pele se transformou em luz a irradiar os diferentes momentos do dia. Se alguma vez fui feliz foi quando te vi à minha espera, rodeado de família e de amigos. E ali estava eu, com a minha família e os meus amigos. Apeteceu-me correr para os teus braços, mas o protocolo manda contenção. O tempo congelou todos à nossa volta e, com olhares trémulos e gestos nervosos, por momentos seria capaz de jurar que só existimos nós no mundo inteiro.
Demos as mãos e não precisámos falar para saber que estávamos de volta à realidade. Tudo retomou o seu curso natural. O mundo pôde continuar a girar porque estávamos juntos.
Os bons momentos deste dia ficaram presos no nó do teu laço e as recordações aos brilhos do meu vestido, mas os sentimentos estarão para sempre gravados no meu coração.
Rimos, chorámos, divertimo-nos, dançámos como nunca antes e entre brincadeiras e juras de amor eterno, terminou o dia. Pudemos congelar o nosso mundo por breves instantes, mas não pudemos evitar que chegasse ao fim. E, no fim, no final deste e de todos os dias, a nossa única certeza é que estamos e estaremos sempre aqui um para o outro.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Dia da minha Liberdade
Neste 25 de Abril levantei-me cedo, com ganas de viver!
Detesto acordar tarde, os dias e as noites são para se viverem ao máximo, sem perder um segundo na apatia do sono e da "ronha".
Levantei-me cedo e decidi sair à procura da liberdade!
Deixei o namorado a dormir e fiz uma rápida visita a casa dos meus pais. Antes que a conversa com a minha mãe se tornasse demasiado interessante e antes que os meus sobrinhos me enchessem de mimo (como só eles sabem fazer) saí numa retirada estratégica como quem diz "Não! Hoje é o meu dia! Sou livre!".
Comprei uma revista e aterrei na esplanada mais próxima.
O sol, as conversas alheias, as crianças que brincam à minha volta e a brisa ligeira dão-me um conforto e uma paz interior, que me faz pensar que tudo isto é um cenário em que sou uma mera espectadora.
Porém, sinto a tua falta... E "tu" podes ser muita gente!
Sinto falta do namorado que ainda dorme, dos sobrinhos que deixei há meia-hora, da super-mãe que cuida de todos enquanto prepara o almoço, dos amigos que fazem jogging matinal a centenas de quilómetros, daqueles que mesmo num feriado trabalham estoicamente e até das pessoas interessantes que não conheço... Sinto tanto a vossa falta!
Infelizmente, depressa me apercebo que de nada serve o sol na cara ou o cenário fantástico sem ter ninguém com quem partilhar. Descobri que a minha liberdade está guardada nos vossos bolsos.
Penso que, no fundo, nunca gozamos de liberdade plena, enquanto tivermos laços que nos prendem o coração a pequenas rotinas que tornam os nossos dias memoráveis... E ainda bem!
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Moral da história: backups de segurança!
Fiquei sem computador e durante uns dias parecia que me tinham tirado um rim! Mas sobrevivi para contar a história...
E agora, meus amigos, só tenho uma moral para esta história: façam backups de segurança!
Eu sou daquele género de pessoas confiantes que acham que nunca, mas nunca, o fiel amigo electrónico vai falhar. Logo a mim, que lhe dedico tantas horas do meu dia, mas falha! Acreditem em mim! Enfim, com muita paciência e um jantar prometido a um amigo informático, tudo se resolveu e já sou gente outra vez!
Gente virtual, pelo menos...
terça-feira, 16 de abril de 2013
Exercício... muito pouco físico
Todos os dias o mesmo ritual. Poucas coisas me sabem tão bem com o café de final de tarde com amigos.
No "sítio do costume" temos duas portas automáticas que vão dar para o mesmo hall.
Ao entrarmos temos à esquerda as escadas para o café e à direita as escadas para o ginásio.
Enquanto encho o café de açúcar alguém "enche" sequências de flexões, enquanto levanto a chávena alguém levanta pesos! E vou parar por aqui, porque já me estou a sentir cansada só de pensar nisso...
Todos os dias o mesmo ritual. Entro pela porta da direita na esperança que vejam como sou atlética, mas depressa subo as escadas da esquerda. E é este o meu exercício!
quinta-feira, 11 de abril de 2013
sábado, 6 de abril de 2013
Há dias que nos enchem as medidas!
Há dias que nos enchem as medidas!
Há dias em que parece que os verbos "experimentar" e "sentir" se conjugam como nunca antes, em que parece que há um alinhamento dos astros que nos protege, em que parece que o céu e a terra existem só para nos satisfazer.
Sinto-me a transbordar da tranquilidade que só se sente quando a tarefa foi cumprida.
No final do dia, ficam as recordações de um encontro que fez parar o relógio por várias horas. Devemos tudo a um forasteiro que nos invadiu de simpatia e que pôs à prova a nossa natureza, o nosso "eu" interior, o nosso desempenho sob a atenta objectiva. Quem diria que conseguiríamos enfrentar sem estranheza tão misterioso objecto, sem que este nos roubasse a alma, mas antes a retivesse em imortais fotografias?
Pouco importa o resultado final. Numa altura que que o tempo escasseia foi perfeito poder congelar o relógio e despertar os sentidos para tudo o que nos rodeia. No fim o que ficou foi a experiência, o teste, o poder parar para olhar para quem amamos por segundos e pensar "É por isto que me vou casar!".
Estava agora pronta a repetir, mas com a confiança de quem conta um segredo a um amigo!
Obrigada Jesús!
Visitem em www.jesuscaballero.com
Há dias em que parece que os verbos "experimentar" e "sentir" se conjugam como nunca antes, em que parece que há um alinhamento dos astros que nos protege, em que parece que o céu e a terra existem só para nos satisfazer.
Sinto-me a transbordar da tranquilidade que só se sente quando a tarefa foi cumprida.
No final do dia, ficam as recordações de um encontro que fez parar o relógio por várias horas. Devemos tudo a um forasteiro que nos invadiu de simpatia e que pôs à prova a nossa natureza, o nosso "eu" interior, o nosso desempenho sob a atenta objectiva. Quem diria que conseguiríamos enfrentar sem estranheza tão misterioso objecto, sem que este nos roubasse a alma, mas antes a retivesse em imortais fotografias?
Pouco importa o resultado final. Numa altura que que o tempo escasseia foi perfeito poder congelar o relógio e despertar os sentidos para tudo o que nos rodeia. No fim o que ficou foi a experiência, o teste, o poder parar para olhar para quem amamos por segundos e pensar "É por isto que me vou casar!".
Estava agora pronta a repetir, mas com a confiança de quem conta um segredo a um amigo!
Obrigada Jesús!
Visitem em www.jesuscaballero.com
sexta-feira, 29 de março de 2013
Manual de Sobrevivência para quem tem amigos distantes
Deviam ter-me deixado o manual antes de saírem... Percebo isso agora.
Sim, porque vocês foram-se embora! Deixaram-me aos poucos, sem que estivesse preparada e sem que vos pudesse impedir. Não pediram consentimento e eu também não vos disse que não...
Na verdade, fui ingénua ao pensar que a distância nada muda, não podia estar mais enganada. Sinto a vossa falta todos os dias, sinto o quanto me fazem falta a toda a hora. Quando estão por perto marcamos encontros fugazes que mal dão para saciar a minha sede das vossas palavras, nessas raras ocasiões, parece que o mundo vai acabar no instante seguinte e não temos sequer tempo para nos deleitarmos com cada riso ou confidência.
Deixo-vos um pequeno manual de sobrevivência para nos ajudar nesta conquista diária:
1) ligar a toda a hora... só "porque sim", só porque nos lembrámos, só porque não esquecemos!
2) falar como se nada tivesse mudado, como se tivéssemos falado ontem...
3) mostrar aos amigos próximos que não sentimos falta daqueles que estão longe... Eventualmente se dissermos isto 9.658.748.659.001 vezes, nós próprios vamos começar a acreditar. (Acreditar na mentira não significa que a situação se torne mais fácil...)
4) convencermo-nos que é temporário e que vamos a estar juntos diariamente outra vez...
5) viver para o próximo encontro
6) manter as vossas fotos espalhadas pela casa, como se estivessem sempre de olho em mim, ora a felicitar-me ora a repreender-me... (A consciência é uma coisa fantástica, não é?)
De certeza que existem mil e um truques não mencionados aqui e talvez me possam ajudar...
Sinto a vossa falta e nem consigo expressar quanto gostava que estivessem aqui sempre, para convosco partilhar o meu mundano dia-a-dia!
"Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo." Voltaire
Sim, porque vocês foram-se embora! Deixaram-me aos poucos, sem que estivesse preparada e sem que vos pudesse impedir. Não pediram consentimento e eu também não vos disse que não...
Na verdade, fui ingénua ao pensar que a distância nada muda, não podia estar mais enganada. Sinto a vossa falta todos os dias, sinto o quanto me fazem falta a toda a hora. Quando estão por perto marcamos encontros fugazes que mal dão para saciar a minha sede das vossas palavras, nessas raras ocasiões, parece que o mundo vai acabar no instante seguinte e não temos sequer tempo para nos deleitarmos com cada riso ou confidência.
Deixo-vos um pequeno manual de sobrevivência para nos ajudar nesta conquista diária:
1) ligar a toda a hora... só "porque sim", só porque nos lembrámos, só porque não esquecemos!
2) falar como se nada tivesse mudado, como se tivéssemos falado ontem...
3) mostrar aos amigos próximos que não sentimos falta daqueles que estão longe... Eventualmente se dissermos isto 9.658.748.659.001 vezes, nós próprios vamos começar a acreditar. (Acreditar na mentira não significa que a situação se torne mais fácil...)
4) convencermo-nos que é temporário e que vamos a estar juntos diariamente outra vez...
5) viver para o próximo encontro
6) manter as vossas fotos espalhadas pela casa, como se estivessem sempre de olho em mim, ora a felicitar-me ora a repreender-me... (A consciência é uma coisa fantástica, não é?)
De certeza que existem mil e um truques não mencionados aqui e talvez me possam ajudar...
Sinto a vossa falta e nem consigo expressar quanto gostava que estivessem aqui sempre, para convosco partilhar o meu mundano dia-a-dia!
"Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo." Voltaire
segunda-feira, 25 de março de 2013
Vou deixar aqui os meus sapatos...
Há alturas em que parece que o nosso mundo vai ruir, parece que o espelho para onde olhamos se vai estilhaçar em mil pedaços. A única certeza é uma dor de cabeça incessante, que até já tomo por companheira.
Apetece-me deixar aqui os meus sapatos e voltar quando se tiverem esquecido de mim. Às vezes gostava de ser uma ovelha no meio do rebanho e seguir os outros, sem decisões ou preocupações. Gostava de saber "deixar-me ir" com a maré, mas acho que a esta altura também já não consigo aprender a desempenhar essa tarefa...
Apetece-me deixar aqui os meus sapatos e voltar quando se tiverem esquecido de mim. Às vezes gostava de ser uma ovelha no meio do rebanho e seguir os outros, sem decisões ou preocupações. Gostava de saber "deixar-me ir" com a maré, mas acho que a esta altura também já não consigo aprender a desempenhar essa tarefa...
sábado, 23 de março de 2013
"A Pele que Há em Mim (Quando o dia entardeceu)"
Márcia com JP Simões
"A Pele que Há em Mim (Quando o dia entardeceu)"
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu o caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
E o meu corpo esqueceu o caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou
Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei, p’ra lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
P’ra voltar a viver
Já nem sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber…
Já passou, desgastei, p’ra lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
P’ra voltar a viver
Já nem sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber…
Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada,
O meu barco vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz quando enfim se cala."
O meu barco vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz quando enfim se cala."
quinta-feira, 21 de março de 2013
Sócrates, o comentador
Ninguém merece sair de casa bem cedo e ouvir na rádio que José Sócrates vai voltar... Desta vez não é o ex-Primeiro-Ministro, é o comentador na RTP.
Confesso que não percebo porquê. Consigo vislumbrar muitas razões, mas nenhuma suficientemente forte para fazer com que o fantasma de Sócrates, o ex-Primeiro-Ministro, reencarne na forma de comentador.
Pelo dinheiro? Parece que nem vai haver lugar a remuneração... Pelo desafio? Pode ser a "resposta standard", que tanto é válida para esta situação como para uma Miss que quer ganhar a simpatia popular. Pela vaidade? Deus nos guarde do enorme ego deste senhor... Pela necessidade de protagonismo? Não me lembro de outro antigo chefe de governo que se tenha posto assim "a jeito"... Pela afirmação dentro do PS? No comments...
Afinal, não é o Adamastor do nosso passado, mas o comentador do futuro próximo.
Quando pensávamos que não iria regressar e quando criámos dele o distanciamento suficiente, não para o esquecermos, mas para o arrumarmos na gaveta dos ausentes, ei-lo de volta! E mesmo "a jeito", "à mão de semear" do Zé Povinho!
Fará os comentários a partir de Paris ou vamos ter manifestações em massa lá para os lados da RTP? Já imagino as romarias de fim-de-semana... Os pais a saírem de casa com os filhos pela mão e a merenda debaixo do braço, enquanto se ouve "grândolar" pela rádio. Tudo isto pode até tornar-se no novo desporto nacional! Tiro ao ex-Primeiro-Ministro, lançamento do peso contra a carro do ex-Primeiro-Ministro, 110 metros barreiras a fintar os seguranças e o próprio ex-Primeiro-Ministro... (No entanto, qualquer uma destas corre o terrível risco de falhar, uma vez que são reconhecidas as capacidades atléticas de Sócrates....)
É como se, de repente, procurasse passar de figura mitológica para figura popularucha, o que nos faz acreditar que qualquer dia também podemos encontrar o D. Duarte a trabalhar numa repartição de finanças.
Vai estar mesmo ali, a entrar-nos pela casa dentro depois do telejornal!!
Compreendo que a RTP procure as audiências, mas continuo sem perceber porque José Sócrates, o homem, se sujeita a esta situação.
quarta-feira, 20 de março de 2013
A desligar o cérebro...
Haverá pior do que uma noite sem nada para fazer?
Quase sinto o meu cérebro a desligar-se um pouco mais por cada vez que primo o botão para mudar de canal. E, na verdade, nada parece mudar. Tudo me soa igual, todas as pessoas usam a mesma cara hoje...
Acabo por dizer "Escolhe tu!", para poder reclamar depois por não ser nada disto que me apetece ver...
Sou insuportável quando estou entediada, mas não digam a ninguém...!
Quase sinto o meu cérebro a desligar-se um pouco mais por cada vez que primo o botão para mudar de canal. E, na verdade, nada parece mudar. Tudo me soa igual, todas as pessoas usam a mesma cara hoje...
Acabo por dizer "Escolhe tu!", para poder reclamar depois por não ser nada disto que me apetece ver...
Sou insuportável quando estou entediada, mas não digam a ninguém...!
terça-feira, 19 de março de 2013
Dia do Pai
O que te posso dizer no Dia do Pai?
Ensinaste-nos a importância da organização, da rectidão e do respeito. A esta "coluna vertebral" juntaste a confiança e segurança. Hoje achamos que conseguimos superar tudo e que somos melhores que o melhor! Invencíveis!
Filho, pai, genro, tio, amigo, um grande homem!
Ensinaste-nos a importância da organização, da rectidão e do respeito. A esta "coluna vertebral" juntaste a confiança e segurança. Hoje achamos que conseguimos superar tudo e que somos melhores que o melhor! Invencíveis!
Sempre nos deste amor e responsabilidade em partes iguais. Os teus abraços são fortes e sinceros, mas sabemos como dói olhar para ti depois de te desiludirmos. Transformas os nossos erros em vincados silêncios. Calas-te como quem nos aponta o dedo a exigir que entendamos o porquê.
Crescemos a olhar para ti com o respeito com que se olha para um super-herói, que pouco ou nada é afectado por questões mundanas. Crescemos a olhar para ti e a admirar o respeito que todos te têm. Crescemos a invejar cada gargalhada que dás, como quem olha para a doença com desdém. Nada te afecta, nada te derruba... Imagino-te de capa e espada, levantas a cabeça e, de olhos postos no céu, dizes "Manda vir que eu aguento"...! Afinal, és tu que és invencível!
Crescemos a olhar para ti com o respeito com que se olha para um super-herói, que pouco ou nada é afectado por questões mundanas. Crescemos a olhar para ti e a admirar o respeito que todos te têm. Crescemos a invejar cada gargalhada que dás, como quem olha para a doença com desdém. Nada te afecta, nada te derruba... Imagino-te de capa e espada, levantas a cabeça e, de olhos postos no céu, dizes "Manda vir que eu aguento"...! Afinal, és tu que és invencível!
domingo, 17 de março de 2013
Harlem Shake ou epilepsia colectiva
Já me habituei à ideia de não compreender o sucesso do fenómeno Harlem Shake...
De forma muito resumida, o mais recente fenómeno da net começa com alguém a dançar sem receber atenção até que, num ápice, tudo muda. Uma multidão segue-o de forma frenética e sem qualquer sentido estético ou rítmico, no que eu descrevo como um ataque epiléptico colectivo.
Na verdade, hoje fiz a primeira tentativa para acabar com o meu ignorante "estado de alma", no que toca ao Harlem Shake, com uma rápida pesquisa na Wikipedia:
"Originating in the 1980s in Harlem, New York, the dance is based on an East African dance called Eskista. The self-purported inventor of the dance was "Al B", a Harlem resident.
Al B is quoted saying that the dance is "a drunken shake anyway, it's an alcoholic shake, but it's fantastic, everybody appreciates it."
"Tremeliques bêbedos" como o próprio fundador define os movimentos desta dança. Para mim, é epilepsia e numa forma contagiosa... Atenção! Muito cuidado porque não param de surgir réplicas!
De forma muito resumida, o mais recente fenómeno da net começa com alguém a dançar sem receber atenção até que, num ápice, tudo muda. Uma multidão segue-o de forma frenética e sem qualquer sentido estético ou rítmico, no que eu descrevo como um ataque epiléptico colectivo.
Na verdade, hoje fiz a primeira tentativa para acabar com o meu ignorante "estado de alma", no que toca ao Harlem Shake, com uma rápida pesquisa na Wikipedia:
"Originating in the 1980s in Harlem, New York, the dance is based on an East African dance called Eskista. The self-purported inventor of the dance was "Al B", a Harlem resident.
Al B is quoted saying that the dance is "a drunken shake anyway, it's an alcoholic shake, but it's fantastic, everybody appreciates it."
"Tremeliques bêbedos" como o próprio fundador define os movimentos desta dança. Para mim, é epilepsia e numa forma contagiosa... Atenção! Muito cuidado porque não param de surgir réplicas!
sábado, 16 de março de 2013
Os amigos são os irmãos que escolhemos
Há uns dias atrás li algures que a melhor rede social ainda é um grupo de amigos em torno de uma mesa. Não podia concordar mais.
Todos se juntam, os amigos de sempre, os amigos recentes, os amigos do peito, os amigalhaços, os amigos improváveis, só não vale ser amigo da onça! Os risos, as confidências, os segredos, os silêncios, tudo ganha outra dimensão à mesa do café.
Ouvimos, falamos, discutimos, planeamos, sonhamos e expomos as nossas vidas. Abrimos o coração e, de peito aberto, entregamos-nos numa dança de afinidade e confiança.
Sem medos ou pudores, os amigos são aqueles que nos reconfortam a alma, que nos indicam o caminho, que nos conhecem como ninguém, que nos ouvem, que nos acompanham no caminho, que nos dão a reprimenda na altura certa, que nos aconchegam quando parece que o mundo vai desabar...
São os irmãos que escolhemos!
Todos se juntam, os amigos de sempre, os amigos recentes, os amigos do peito, os amigalhaços, os amigos improváveis, só não vale ser amigo da onça! Os risos, as confidências, os segredos, os silêncios, tudo ganha outra dimensão à mesa do café.
Ouvimos, falamos, discutimos, planeamos, sonhamos e expomos as nossas vidas. Abrimos o coração e, de peito aberto, entregamos-nos numa dança de afinidade e confiança.
Sem medos ou pudores, os amigos são aqueles que nos reconfortam a alma, que nos indicam o caminho, que nos conhecem como ninguém, que nos ouvem, que nos acompanham no caminho, que nos dão a reprimenda na altura certa, que nos aconchegam quando parece que o mundo vai desabar...
São os irmãos que escolhemos!
Planos e listas de compras!
Todos os dias são bons dias para fazer planos, traçar metas e objectivos, sem pensar quando ou mesmo se algum dia chegarão a ser cumpridos. Devíamos planear como quem faz listas de compras, ignorando a dificuldade da conquista ou o tempo investido na travessia.
Fazer aquele telefonema para o qual nunca arranjamos tempo. Feito! Marcar aquele encontro com um velho amigo. Feito! Ir ao melhor restaurante da cidade. Feito! Embarcar naquela viagem. Feito! Plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho... Feito! Feito! Feito! Então, calmamente, apreciar cada item concretizado e repousar sobre os triunfos alcançados.
Ou, por outro lado, parar para contemplar todas as possibilidades em aberto, todos os locais por visitar, todos os sabores por provar, todas as experiências por viver... E apreciar! Apreciar cada momento em que, por fracções de segundo, viajamos no tempo só de pensar: "Como será...?"
Tantas opções, tantas decisões, tantos rumos e só uma vida!
sexta-feira, 15 de março de 2013
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